Toda empresa vive hoje momentos desafiadores, ou seja, os empresários precisam se desdobrar nas estratégias e táticas do mercado, para manter os negócios de suas empresas em movimentação. O cenário não é nada favorável para as empresas e para os empresários na atual conjuntura econômica, pois, temos o aumento da taxa do desemprego, aumento do custo tributário, por exemplo: Se aumentamos o IPVA, automaticamente o custo dos transportes aumenta, que na sequencia aumenta toda a cadeia de produtos e serviços consumidos em nosso país. Segundo informações publicadas no FACEBOOK do IBPT[1] o IPVA tivemos um aumento de 18,57% do IPVA em todo o país.
Para driblar esse momento e preparar-se para atravessar essa onda de instabilidade, esse é o momento ideal de redimensionar os planos, a previsão de gastos e a situação financeira, pois, com toda a certeza a maior dificuldade dos empresários é equacionar o fluxo de caixa das empresas de maneira satisfatória.
Os cuidados para a administração do caixa vão desde a análise dos planos estratégicos, até o efetivo pagamento das contas do dia a dia.
A fim de orientar os empresários para uma boa gestão do fluxo de caixa das empresas, no sentido de se prevenir de possíveis gargalos financeiros, principalmente no atual momento econômico que vivemos; Segue abaixo 13 dicas importantes para todos empresários:
1- Negociar com fornecedores:procurar negociar prazos alongados de pagamentos que possibilitem ao empresário ter um capital de giro maior; renegociar contratos já assumidos, buscando sempre o alongamento de prazos; verificar as taxas que foram negociadas e buscar uma redução no momento da negociação. Para novos contratos, fazer diversas cotações e comparar sempre prazos e taxas.
2- Negociar com clientes prazos de pagamentos mais curtos:de outro lado procurar sempre negociar com os clientes prazos mais curtos para recebimento de parcelas. Essa redução de prazo, conjugado com o alongamento das negociações com fornecedores, poderá dar um fôlego à empresa no que diz respeito ao capital de giro.
3- Avaliar a forma de remuneração do capital da empresa:para empresas que possuem capital remunerado em aplicações de mercado avaliar e comparar alternativas oferecidas, comparando taxas e prazos
4- Melhorar a reciprocidade bancária:reduzir o número de bancos com quem opera, a fim de evitar o pagamento duplicado de tarifas. Reduzindo o número de bancos melhora a reciprocidade bancária e, com isso, o empresário tem maior poder de barganha para negociar redução de pacotes de tarifas com o gerente de sua agência.
5- Reavaliar seu perfil de endividamento:rever seu nível de endividamento; verificar as possibilidades de redução de sua dívida; planejar o pagamento das dívidas; renegociar saldos devedores e taxas aplicadas; procurar planejar o pagamento de grandes amortizações em momentos favoráveis do fluxo de caixa; renegociar esses desembolsos quando o fluxo de caixa é desfavorável, a fim de não provocar saldos negativos que poderá levar a empresa à necessidade de novas dívidas.
6- Reduzir custos desnecessários, fixar metas de despesas:analisar sempre a prioridade dos desembolsos, identificando os que são de urgência e planejando os demais para momentos mais adequados, considerando inclusive o parcelamento dos mesmos; verificar outras possibilidades em relação ao desembolso, outras formas menos onerosas; comparar o custo-benefício de cada uma delas.
7- Avaliar o custo de seus estoques:verificar a real necessidade do nível do estoque; avaliar o custo desse estoque, em comparação com a geração de caixa que ele proporciona, bem como sua margem de lucro; buscar alternativas, por exemplo, a encomenda de mercadorias com data prevista, a fim de não deixar estoque parado mais do que o necessário ao giro do negócio.
8- Avaliar formas de recebimento de clientes em atraso:controlar o cadastro de inadimplentes; propor renegociações; conceder descontos, a fim de recuperar créditos e gerar melhor capital para o giro dos negócios.
9- Avaliar gastos com logística e planejar operações:avaliar na negociação custo de entrega e de fretes, bem como formas de reduzir o preço dessa operação, analisando alternativas; comparar custos de entrega e de retirada própria; avaliar riscos de desvio de mercadorias e outros problemas que podem encarecer o custo da logística, por exemplo, seguro de mercadorias.
10- Verificar possíveis perdas:perda é todo valor não recebido por conta de erros na operação ou da falta de prevenção. Podem ocorrer de diversas formas, muitas vezes imperceptíveis, que podem reduzir o resultado final da operação. Utilizar mecanismos de aferição de mercadorias e difundir procedimentos que possam reduzir custos.
11- Reavaliar investimentos:com a crise que se anuncia na economia, cabe a reavaliação dos planos de investimentos, identificando os que possam dar retorno e calculando o valor desse retorno, bem como seu prazo. A partir dessas informações, decidir pela sua continuidade ou interrupção. Se houver mais fatores de incerteza, cabe a reprogramação do investimento, caso contrário, o mesmo poderá levar a empresa a uma situação maior de endividamento.
12- Analisar a posição de seus ativos e respectivos custos:verificar o custo de manutenção dos ativos, bem como a viabilidade de venda de parte de seus ativos mais onerosos e que não indiquem retorno no curto prazo.
13- Rever todos os processos operacionais:conforme o ramo de negócio, verificar todas as etapas de sua atividade, bem como seus custos. Com base nessa análise será possível identificar quais atividades estão de acordo com o foco do negócio e, a partir disso, eliminar tarefas desnecessárias e onerosas, obtendo maior produtividade com menor custo.
[1] Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.